terça-feira, setembro 25, 2007

Brighton






Desta vez o turismo científico (i.e. congresso) levou-nos não a Londres (que funcionou como base) mas sim um pouco mais abaixo, à estância balnear de Brighton. Não posso deixar de admitir alguma desilusão. Talvez seja em parte um efeito das condições meteorológicas, mas a pequena cidade à beira mar plantada pareceu triste, abandonada, decadente, com os hotéis do passeio marítimo emparedados, um dos piers calcinado, um exemplar do mais horrível brutalismo dos anos 70 a desfear o último Grand Hotel, ruas sujas, habitantes andrajosos... Até o delirante Royal Pavillion tem um exterior pavoroso, cor de lama. A refeição no Palm Court do Brighton Pier, que prometia "posh nosh" do melhor, não podia ter sido mais asquerosa, frita em óleo do século passado. Mas enfim, foi uma experiência...

segunda-feira, setembro 24, 2007

Capital do mundo












É enorme, é confusa, é populosa, é ruidosa, é turbulenta, é heterogénea. Mas também tem parques extensos e tranquilos, ruas calmas de edifícios parados no tempo, mercados onde se canta ópera, livrarias infindáveis, museus maravilhosos, praças buliçosas, recantos medievais, torres de aço e vidro, fabulosas paisagens industriais, verdadeiras aldeias de casinhas idênticas, monumentos emblemáticos, reconhecidos pelos indígenas da Gronelândia à Samoa. É bela e

horrível ao mesmo tempo, mas nunca aborrecida.

sábado, setembro 22, 2007

Fim do Verão

Após muitos protestos a propósito do desleixo a que este blog tem sido votado nos últimos tempos, somos forçados a dar-lhe um ar do tempo e celebrar (ou perorar, consoante a disposição) o fim do Verão.
Este ano a constatação de tal acontecimento foi antecipado pela partida de uma família de andorinhas que durante alguns meses nos fez intensa companhia nas longas tardes de trabalho estival. O casal de progenitores era acompanhado por três ruidosos filhotes que durante horas a fio traçavam velozes círculos tangentes às nossas janelas, para grande assombro do nosso gato que acompanhava as suas aladas deambulações com um dificilmente discernível misto de sensações entre a gula e o assombro.
A intensidade e alegria dos seus vôos era tal que, por vezes, receámos que uma delas nos entrasse pela casa dentro, com as inevitáveis consequências que tal ocasionaria no comportamento do elemento felino desta casa.
Resta-nos desejar-lhes uma óptima viagem e que o seu regresso no próximo Verão nos transmita a mesma alegria que nos proporcionaram este ano.
Os créditos do vídeo devem-se à natureza experimental desta montagem. Pedimos também desculpa ao Dorantes o roubo de um pequeno trecho da sua excepcional criação "Semblanzas de un Rio" do álbum Orobroy.