quarta-feira, março 30, 2005

Lindo gatinho


G2
Originally uploaded by Aloysius.
Meu lindo gatinho, tão trabalhador... quando é que aprendes a pôr posts, que os dragões andam muito pouco blogue-activos...

quinta-feira, março 24, 2005

No centenário


Librarie Jules Verne
Originally uploaded by Aloysius.

Acho que foram os livros de Julio Verne a fazer germinar o meu amor pela literatura. Tantas horas entretidas em viagens de balão, submarino, elefante, veleiro, foguetão, transatlântico, cavalo, comboio. Em África, na China, na Patagónia, na Polinésia, na Sibéria. O heroi destemido, a heroí­na a carecer de regate, os companheiros humorísticos, o vilão odioso. Numa ilha, num castelo, no fundo do mar, à volta do mundo, dentro de um vulcão. Máquinas engenhosas, futuros tecnológicos, natureza extrema. De tudo havia nos romances de Julio Verne. Até enlaces românticos. Mas sobretudo aventura, exploração, descoberta. São hinos de amor à ciência mas também às virtudes humanas: coragem, generosidade, engenho, curiosidade, amizade.

Há em Paris uma livraria com o nome dele. Dedicada à literatura de viagens.

domingo, março 20, 2005

Música para as massas

Há neste cantinho solarengo de um tenebroso país uma excelente inciativa: a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. Umas duas vezes por mês em cada concelho apresentam-se ao público numa sala de espectáculos ou igreja, com entrada gratuita e tocam um pouco mais de uma hora de música. Suspeito que os concertos com autores mais populares, como Mozart e Vivaldi, são mais frequentados que as incursões na música contemporânea. Como a Orquestra funciona também como uma escola para jovens intérpretes, nem sempre a qualidade da execução é a toda a prova. Parece-me que o facto da audiência aplaudir nas pausas entre andamentos causará alguma irritação nos músicos. E dúvido que se se vendessem bilhetes as salas ficariam tão compostas. Mas é política cultural municipal a sério, democrática e de qualidade. E, uma ou duas vezes por mês, uma experiência a não perder.

sábado, março 19, 2005

Memorabilia



Há muitos anos passava na tv uma série de desenhos animados jugolsva de que guardo ternas memórias. O Professor Baltazar resolvia todos os problemas do mundo construindo máquinas que terminavam em torneiras que deitavam um líquido que provoca uma explosão e tudo acabava em bem. Pacifista, bem humorado, divertido, colorido. Já não há desenhos animados assim...

segunda-feira, março 14, 2005

Às vezes isto não me sai da cabeça

If I should fall from grace with God
Where no doctor can relieve me
If I'm buried 'neath the sod
But the angels won't receive me

Let me go, boys
Let me go, boys
Let me go down in the mud
Where the rivers all run dry

Bury me at sea
Where no murdered ghost can haunt me
If I rock upon the waves
Then no corpse can lie upon me

It's coming up three, boys
Keeps coming up three, boys
Let them go down in the mud
Where the rivers all run dry

Pogues

sexta-feira, março 11, 2005

Contra o Dia da Mulher

Eu sou contra o Dia da Mulher (e do Homem e da Minoria Étnica e do Deficiente e do Gato e da Pulga). Eu sou contra mulheres serem condecoradas no Dia da Mulher: pressupõe-se que é mais por serem mulheres que por terem atingido a excelência nas suas áreas respectivas. Eu sou contra as quotas de mulheres e contra contarem-se as cabeças femininas no Governo e no Parlamento e seja onde for. Eu sou contra canais televisivos para mulheres e revistas para mulheres e livros para mulheres. Eu sou contra os anúncios onde as mulheres são as domésticas e os homens os cientistas, onde as meninas brincam com bonecas e os meninos com carrinhos, onde as mulheres são estupidas e fúteis e os homens inteligentes e sensatos. Eu sou contra a ideia feita que as mulheres são emocionais e os homens racionais, que as mulheres têm uma sensibilidade especial, que são incapazes de violência e agressividade. Eu sou contra a generalização que as mulheres têm maiores capacidades de empatia e expressão linguística e menores capacidades de orientação espacial e habilidade técnica. Eu, no fundo, sou contra as mulheres. Só sou mesmo a favor das pessoas.

segunda-feira, março 07, 2005

Gosto deste bicho



Tem muito em comum comigo, é herbívoro, inofensivo e pouco amigo de se mexer com velocidade. Alguns exemplares tornam-se mesmo esverdeados, devido a algas que crescem no pêlo. Têm um ar sorridente e quase humano. Não chateiam ninguém, chegam a estar uma semana sem deixar uma árvore. É um bicho simpático.

domingo, março 06, 2005

Outro dia de disposição patriótica

Jerusalem

And did those feet in ancient time
Walk upon England's mountains green?
And was the holy Lamb of God
On England's pleasant pastures seen?

And did the Countenance Divine
Shine forth upon our clouded hills?
And was Jerusalem builded here
Among these dark Satanic mills?

Bring me my bow of burning gold:
Bring me my arrows of desire:
Bring me my spear: O clouds unfold!
Bring me my chariot of fire.

I will not cease from mental fight,
Nor shall my sword sleep in my hand
Till we have built Jerusalem
In England's green and pleasant land.

William Blake

terça-feira, março 01, 2005

Ódios de estimação

Como eu abomino os condutores portugueses. Eu já nem falo das manobras perigosas, do excesso de velocidade, do chico-espertismo, da agressividade homicida. Só o estacionamento já me dá dores de cabeça.
Adoro parquímetros. Custa-me pagá-los, mas aceito a despesa adicional como um imposto por preterir os transportes públicos. Verdade seja dita, para o par de horas que geralmente uso, a quantia é irrisória. Adoro parquímetros porque me permitem arranjar estacionamento em qualquer parte da cidade: é tal a repugância dos automobilistas por dispender uns trocos que há sempre lugares disponíveis. Mas tal também traz malefícios. Carros nos passeios, carros nas curvas, carros nas passadeiras, carros a tapar a visibilidade, carros à porta da garagem, carros nos viadutos, carros nas rotundas.
Depois há a mania tão portuga do "eu vou só ali e já volto": carros em segunda fila, carros no meio da estrada, carros a impedir o caminho. E do "é só um instantinho para deixar aqui um passageiro". E agora a moda de parar o carro na berma, mesmo na auto-estrada, para atender o telemóvel.
Ai se eu tivesse o raio da morte...