Como eu abomino os condutores portugueses. Eu já nem falo das manobras perigosas, do excesso de velocidade, do chico-espertismo, da agressividade homicida. Só o estacionamento já me dá dores de cabeça.
Adoro parquímetros. Custa-me pagá-los, mas aceito a despesa adicional como um imposto por preterir os transportes públicos. Verdade seja dita, para o par de horas que geralmente uso, a quantia é irrisória. Adoro parquímetros porque me permitem arranjar estacionamento em qualquer parte da cidade: é tal a repugância dos automobilistas por dispender uns trocos que há sempre lugares disponíveis. Mas tal também traz malefícios. Carros nos passeios, carros nas curvas, carros nas passadeiras, carros a tapar a visibilidade, carros à porta da garagem, carros nos viadutos, carros nas rotundas.
Depois há a mania tão portuga do "eu vou só ali e já volto": carros em segunda fila, carros no meio da estrada, carros a impedir o caminho. E do "é só um instantinho para deixar aqui um passageiro". E agora a moda de parar o carro na berma, mesmo na auto-estrada, para atender o telemóvel.
Ai se eu tivesse o raio da morte...
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