terça-feira, agosto 01, 2006

Gosto desta série


Nisto não sou original, já sei. A série ganhou uma série de prémios e é amplamente citada tanto pela imprensa convencional como pela blogosfera. E claro que um dos maiores motivos de interesse são os housisms, ou aforismos do Dr. House. Mas não só. Porque médicos cínicos, de língua afiada e pouca compaixão pelos pacientes são um clássico das séries de médicos, como bem o sabe todo o verdadeiro aficionado deste género: do Dr. Rocky Romano do ER ao Doutor Rudolfo Vilches do Hospital Central espanhol, do Dr. Jeffrey Geiger do Chicago Hope ao Dr. Perry Cox do Scubs. Na minha modesta opinião, o que torna o House fascinante (para além do inegável talento do Hugh Laurie, de que eu sou fã de longa data), é a ciência. Numa moda talvez iniciada pelo CSI, são os detalhes científicos que prendem a audiência: as imagens que simulam os fenómenos dentro do corpo humano, o jargão técnico, as doenças raras, a tecnologia de ponta, a representação mais ou menos fiel do processo científico de investigação bibliográfica, de tentativa e erro, de dedução a partir de indícios escassos, de confronto de ideias e divergência, de sucessos e falhanços. Porque é refrescante ver uma série (americana) onde nem todos os problemas são resolvidos, nem todas as doenças são curadas, nem todos os pacientes sobrevivem. Porque a vida é mesmo assim...

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