segunda-feira, abril 30, 2007
quinta-feira, abril 19, 2007
sexta-feira, abril 13, 2007
Os meus museus
Agora que já não tenho obrigações profissionais face a esta questão, já posso dar largas ao meu amor por museus. Por isso aqui está o Museu da Electricidade, que abriu há pouco mais de um ano, de cara lavada. É curioso como se pode reconhecer beleza no tijolo do edifício, no ferro retorcido das máquinas, nas mil e uma peças que os curadores juntaram para compôr a exposição. E a história que é contada é interessada. Vale a pena a visita.
terça-feira, abril 10, 2007
Ódios de estimação
Tenho uma relação de amor/ódio com a publicidade. Há anúncios geniais, verdadeiras obras de arte, divertidos, inteligentes, tecnicamente assombrosos, que ficam no ouvido e na retina. Mas depois há uma esmagadora maioria de spots publicitários que são lixo mediático, poluição sonora e visual, atentados à inteligência, subtilmente (ou nem por isso) sexistas, racistas, discriminatórios.
Em boa parte dos anúncios as mulheres são representadas alternativamente como fadas do lar, anjos de perdição, tontinhas que carecem da orientação dos maridos, consumistas vorazes, mães extremosas, noivas interesseiras, bimbas pneumáticas semi-despidas. Mas como isto é um país de brandos costumes, sem tradições cívicas, em que as reivindicações de igualdade e tratamento justo não estão nunca na moda, não há quem levante a voz contra isto. Não é uma questão de feminismo desgrenhado, é uma questão de direitos humanos básicos. Havia de ser na minha amada Inglaterra, onde ao mais pequeno desvio chovem queixas na autoridade reguladora da comunicação...
E que não se pense que é uma questão de somenos. O que se vê na publicidade, vê-se no resto dos media, sobretudo nos programas televisivos. E como a televisão é a babysitter das gerações mais recentes, é esta a mensagem a que meninos e meninas são expostos, com que aprendem a ler o mundo e a agir sobre ele.
Claro que há excepções. Anúncios que mostram homens a aspirar a casa, a lavar a loiça, a levar os filhos à escola. Anúncios que mostram mulheres a trabalhar, a tomar decisões financeiras, a exercer posições de responsabilidade. Mas o problema é esse mesmo, são excepções, destacam-se tanto que provavelmente resultam mais de uma inovadora estratégia de marketing que de um genuíno desejo de tornar a publicidade mais justa, mais moral.
Por enquanto, a publicidade continua um dos meus ódios de estimação.
Em boa parte dos anúncios as mulheres são representadas alternativamente como fadas do lar, anjos de perdição, tontinhas que carecem da orientação dos maridos, consumistas vorazes, mães extremosas, noivas interesseiras, bimbas pneumáticas semi-despidas. Mas como isto é um país de brandos costumes, sem tradições cívicas, em que as reivindicações de igualdade e tratamento justo não estão nunca na moda, não há quem levante a voz contra isto. Não é uma questão de feminismo desgrenhado, é uma questão de direitos humanos básicos. Havia de ser na minha amada Inglaterra, onde ao mais pequeno desvio chovem queixas na autoridade reguladora da comunicação...
E que não se pense que é uma questão de somenos. O que se vê na publicidade, vê-se no resto dos media, sobretudo nos programas televisivos. E como a televisão é a babysitter das gerações mais recentes, é esta a mensagem a que meninos e meninas são expostos, com que aprendem a ler o mundo e a agir sobre ele.
Claro que há excepções. Anúncios que mostram homens a aspirar a casa, a lavar a loiça, a levar os filhos à escola. Anúncios que mostram mulheres a trabalhar, a tomar decisões financeiras, a exercer posições de responsabilidade. Mas o problema é esse mesmo, são excepções, destacam-se tanto que provavelmente resultam mais de uma inovadora estratégia de marketing que de um genuíno desejo de tornar a publicidade mais justa, mais moral.
Por enquanto, a publicidade continua um dos meus ódios de estimação.
segunda-feira, abril 09, 2007
quinta-feira, abril 05, 2007
segunda-feira, abril 02, 2007
Contos da modernidade avançada
Os dragões lamentam não estar em Sevilha nesta ocasião momentosa. Mas graças ao maravilhoso mundo novo das TIC (aka Tecnologias da Informação e Comunicação) podem agora acompanhar as procissões da Semana Santa aqui.
Um museu que merece uma visita
Não há terra nem terrinha que não tenha o seu museu. Na maioria dos casos o que lá está pouco varia: uns cacos romanos, umas fatiotas rústicas, uns calhaus com inscrições, umas enxadas e uns arados.
Mas que fazer numa cidade à beira de Lisboa, que soterrou em betão o pouco que tinha do passado? Desvalorizada, mal amada, desordenada. Foi preciso inteligência e arte para fazer das fraquezas forças. e assim nasceu o Museu da Cidade de Almada.
Tem poucas peças, é verdade. A exposição permanente é pequena, sim senhora. Mas tem uma belíssima instalação à entrada, muitos textos, bem escritos, fotografias luminosas, filmes bem achados, que retratam bem a cidade como ela era e como é hoje. O desenvolvimento urbano, os transportes, a indústria e os serviços, o lazer e as associações. Cabe lá tudo.
A exposição temporária sobre associativismo está muito bem feita. É detalhada, exaustiva, documentada. Dos bailes de carnaval às cooperativas de habitação, da incrivel almadense aos bombeiros voluntários, das bibliotecas associativas ao desporto amador, cabe lá tudo.
E o melhor de tudo é uma visita guiada por quem criou as exposições, que fez a pesquisa, que conhece cada objecto, que tem uma história para contar sobre cada fotografia.
Para isto vale a pena atravessar o Tejo.
Mas que fazer numa cidade à beira de Lisboa, que soterrou em betão o pouco que tinha do passado? Desvalorizada, mal amada, desordenada. Foi preciso inteligência e arte para fazer das fraquezas forças. e assim nasceu o Museu da Cidade de Almada.
Tem poucas peças, é verdade. A exposição permanente é pequena, sim senhora. Mas tem uma belíssima instalação à entrada, muitos textos, bem escritos, fotografias luminosas, filmes bem achados, que retratam bem a cidade como ela era e como é hoje. O desenvolvimento urbano, os transportes, a indústria e os serviços, o lazer e as associações. Cabe lá tudo.
A exposição temporária sobre associativismo está muito bem feita. É detalhada, exaustiva, documentada. Dos bailes de carnaval às cooperativas de habitação, da incrivel almadense aos bombeiros voluntários, das bibliotecas associativas ao desporto amador, cabe lá tudo.
E o melhor de tudo é uma visita guiada por quem criou as exposições, que fez a pesquisa, que conhece cada objecto, que tem uma história para contar sobre cada fotografia.
Para isto vale a pena atravessar o Tejo.
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