Ai a nostalgia de Sevilha... estão quase a chegar as festas de San Fermin.
terça-feira, maio 29, 2007
quarta-feira, maio 23, 2007
Os homens da minha vida
Se fosse vivo faria hoje 100 anos. Mas assim é imortal. Quando novo desempenhou todos os grandes papéis de herói: Heathcliff no Monte dos Vendavais, Mr. Darcy em Orgulho e Preconceito, Lord Nelson em That Hamilton Woman, Max de Winter em Rebecca. Quando velho entrou nas melhores produções de televisão britânicas: Reviver o Passado em Brideshead, Lost Empires. De permeio foi uma fabuloso actor de teatro, levou Shakespeare ao cinema como ninguém, foi o vilão inesquecível de Spartacus ou The boys from Brazil ou O homem da maratona. Foi casado com a linda e talentosa Vivien Leigh. Escreveu uma autobiografia fascinante. Tinha uma presença em cena mesmerizadora e uma voz mágica. É um dos homens da minha vida.
domingo, maio 20, 2007
Quinta das Conchas
Quando os dragões viviam no Lumiar, a Quinta das Conchas era um local bonito mas ermo, com extensos relvados mal cuidados, caminhos de terra batida que não levavam a lugar algum, um ringue de cimento nunca usado e uma frequência muito pouco aconselhada para raparigas desacompanhadas. Dave pena ver um espaço tão bonito e tão abandonado.
Este fim de semana os dragões tiveram ocasião para voltar a esses lados e ficaram agradavelmente surpreendidos. Agora há bons caminhos, um lago, um parque infantil, um restaurante, uma cafetaria, mesas de picnic, bancos em abundância, iluminação. A grande maioria das árvores foram poupadas, a mata mantém-se bucólica, há ainda espaço que chegue para jogos da bola e para as famílias se estenderem na relva. A Quinta dos Lilases está um tanto descuidada, mas pelo menos não foi urbanizada.
Já o cerco dos prédios aperta-se. Não há lado nenhum para que se olhe que não esteja preenchido com torres. Mas é assim a especulação imobiliária...
terça-feira, maio 15, 2007
Gosto destas estátuas
segunda-feira, maio 14, 2007
sábado, maio 12, 2007
Contos da modernidade avançada
Era uma vez uma rapariga iraquiana que se apaixonou por um muçulmano e se converteu à sua fé para poder casar com ele. O problema residia no facto de ela pertencer a um ultra-minoritário grupo étnico-religioso, com crenças verdadeiramente exdruxulas: adoradores de Satã, comem porco mas não comem alface, os homens não cortam o cabelo nem a barba nem tomam banho, as mulheres só se podem vestir de branco, o azul é uma cor proibida... Estes satânicos também não primam pela tolerância e ecumenismo, pelo que a desgraçada foi esta semana apedrejada selvaticamente até à morte. Então e onde está a modernidade avançada? É que a lapidação foi devidamente filmada por vários participantes, através de telemóveis, e as filmagens difundidas pela Internet...
sexta-feira, maio 11, 2007
quarta-feira, maio 09, 2007
Questionários
Entre o interesse profissional e o vício secreto das revistas light, fica a minha predilecção por inquéritos. Este é sobre atitudes políticas. E os meus resultados foram assaz satisfatórios para a minha auto-imagem...
#1
You are a social liberal. Like all liberals, you believe in individual freedom as a central objective - but you believe that lack of economic opportunity, education, healthcare etc. can be just as damaging to liberty as can an oppressive state. As a result, social liberals are generally the most outspoken defenders of human rights and civil liberties, and combine this with support for a mixed economy, with an enabling state providing public services to ensure that people's social rights as well as their civil liberties are upheld.
#2
You are a social democrat. Like other socialists, you believe in a more economically equal society - but you have jettisoned any belief in the idea of the planned economy. You believe in a mixed economy, where the state provides certain key services and where the productivity of the market is harnessed for the good of society as a whole. Many social democrats are hard to distinguish from social liberals, and they share a tolerant social outlook.
#3
You are an ecologist or green. You believe that the single greatest challenge of our time is the threat to our natural environment, and you feel that radical action must be taken to protect it - whether in the enlightened self-interest of humanity (in the tradition of 'shallow ecologism') or, more radically, from the perspective of the ecosystem as a whole, without treating humans as the central species (deep ecologism).
#1
You are a social liberal. Like all liberals, you believe in individual freedom as a central objective - but you believe that lack of economic opportunity, education, healthcare etc. can be just as damaging to liberty as can an oppressive state. As a result, social liberals are generally the most outspoken defenders of human rights and civil liberties, and combine this with support for a mixed economy, with an enabling state providing public services to ensure that people's social rights as well as their civil liberties are upheld.
#2
You are a social democrat. Like other socialists, you believe in a more economically equal society - but you have jettisoned any belief in the idea of the planned economy. You believe in a mixed economy, where the state provides certain key services and where the productivity of the market is harnessed for the good of society as a whole. Many social democrats are hard to distinguish from social liberals, and they share a tolerant social outlook.
#3
You are an ecologist or green. You believe that the single greatest challenge of our time is the threat to our natural environment, and you feel that radical action must be taken to protect it - whether in the enlightened self-interest of humanity (in the tradition of 'shallow ecologism') or, more radically, from the perspective of the ecosystem as a whole, without treating humans as the central species (deep ecologism).
Gosto deste livro
E pronto, tardou mais foi: acabei as 816 páginas de O Historiador da Elizabeth Kostova. O blog é que sofreu com isso, mas este é dos livros que não se consegue pousar até chegar ao fim. Será alta literatura? Talvez não, mas está ardilosamente bem escrito. Cada curto capítulo acaba num "cliffhanger", uma situação inesperada e crítica, que leva o leitor a virar a página só para saber o que se passará a seguir. Para tal também contribui a estrutura temporal fragmentada, em multiplos momentos diferentes que se entrelaçam habilmente: a actualidade da narradora, os anos 70 em que se dá o desfecho (provisório) dos eventos, iniciados nos anos 50, antecipados nos anos 30, a Idade Média em que viveu Vlad, o Impalador... O registo epistolar ajuda a compor a trama, dando voz às diversas personagens.
Apesar da temática do vampirismo o classificar na categoria de romance fantástico ou de terror, tem um apelo que transcende largamente este campo. Para mim é sobretudo um romance de académicos e viagens, duas áreas muito próximas das minhas experiências e interesses. Todos os heróis (o os seus adjuvantes) são universitários, já estabelecidos ou imersos nas suas teses de doutoramento, apaixonados pela investigação, à caça da sua presa em bibliotecas e arquivos, viajando entre conferências e sítios do trabalho de campo. Cidades, castelos, mosteiros, aldeias, florestas são minuciosamente descritos, assim como os personagens secundários, as refeições, os detalhes do quotidiano. Da Nova Inglaterra a Istambul, de Amesterdão aos Balcãs, de Oxford aos Pirinéus franceses, os personagens estão em constante movimento. E tudo isto numa Europa da guerra fria, em que as fronteiras eram bem mais difíceis de transpor.
O verdadeiro personagem central, em torno de quem toda a história gira, só aparece lá para a página 730. Tanto suspense acaba por se revelar um tanto fruste. Apesar de, nas poucas cenas em que aparece, ser repetidamente caracterizado como temível, assustador, pavoroso, pouco no seu comportamento parece justificar tanta repulsa. Drácula é neste livro um morto-vivo erudito, sobretudo apostado em ampliar a sua fabulosa biblioteca, com um interesse pouco saudável mas meramente teórico em tortura e assassínio em massa, que se limita a mordiscar uns tantos académicos, arquivistas e bibliotecários, depois de devidamente avisados que não devem dirigir a sua investigação para certas temáticas. Ao fim de tantas aventuras, o número de vítimas é francamente pouco impressionante.
Mas o facto é que este é um livro realmente viciante, envolvente, extensamente documentado (se as fontes são reais ou fictícias fica por saber) e um hino ao amor ao conhecimento e aos livros. Suponho que faça mais lembrar O nome da rosa que O código Da Vinci (mas como só li o primeiro, não o posso assegurar). Em todo o caso, um livro a não perder.
Apesar da temática do vampirismo o classificar na categoria de romance fantástico ou de terror, tem um apelo que transcende largamente este campo. Para mim é sobretudo um romance de académicos e viagens, duas áreas muito próximas das minhas experiências e interesses. Todos os heróis (o os seus adjuvantes) são universitários, já estabelecidos ou imersos nas suas teses de doutoramento, apaixonados pela investigação, à caça da sua presa em bibliotecas e arquivos, viajando entre conferências e sítios do trabalho de campo. Cidades, castelos, mosteiros, aldeias, florestas são minuciosamente descritos, assim como os personagens secundários, as refeições, os detalhes do quotidiano. Da Nova Inglaterra a Istambul, de Amesterdão aos Balcãs, de Oxford aos Pirinéus franceses, os personagens estão em constante movimento. E tudo isto numa Europa da guerra fria, em que as fronteiras eram bem mais difíceis de transpor.
O verdadeiro personagem central, em torno de quem toda a história gira, só aparece lá para a página 730. Tanto suspense acaba por se revelar um tanto fruste. Apesar de, nas poucas cenas em que aparece, ser repetidamente caracterizado como temível, assustador, pavoroso, pouco no seu comportamento parece justificar tanta repulsa. Drácula é neste livro um morto-vivo erudito, sobretudo apostado em ampliar a sua fabulosa biblioteca, com um interesse pouco saudável mas meramente teórico em tortura e assassínio em massa, que se limita a mordiscar uns tantos académicos, arquivistas e bibliotecários, depois de devidamente avisados que não devem dirigir a sua investigação para certas temáticas. Ao fim de tantas aventuras, o número de vítimas é francamente pouco impressionante.
Mas o facto é que este é um livro realmente viciante, envolvente, extensamente documentado (se as fontes são reais ou fictícias fica por saber) e um hino ao amor ao conhecimento e aos livros. Suponho que faça mais lembrar O nome da rosa que O código Da Vinci (mas como só li o primeiro, não o posso assegurar). Em todo o caso, um livro a não perder.
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