domingo, maio 04, 2008

O sol do circo



Eu fã do circo me confesso. De qualquer circo. Do Coliseu no Natal com acrobatas toscos mas esforçados. Das tendas às riscas com tigres e elefantes que correm o país de lés a lés. Dos espectáculos do Oriente com artistas de palmo e meio e um talento desmesurado. Tudo o que não seja caezinhos amestrados e palhaços de humor estafado me encanta. Os números, as roupas, a música, o mestre de cerimónias, as demonstrações de equilíbrio, força, agilidade, perícia, risco...

Quando o cirque du soleil apareceu nos anos 80, oferecendo tudo isto e mais um pouco, aderi imediatamente. Agora era só uma questão de esperar que um dia os pudesse ver ao vivo, numa qualquer viagem deles ou minha.

Confesso que o preço dos bilhetes quase me demoveu. Mas agora visto o espectáculo, sei que vale até ao último cêntimo. Não me convenceu muito o "argumento", as cenas representadas entre cada número. Mas tudo o resto é sublime. Os números cómicos são de ir às lágrimas, todos os outros de suster a respiração. Parece quase impossível que o corpo humano se mexa desta forma, se contorça assim, que mantenha o ritmo e o equilíbrio perante tanto estímulo em simultâneo. Magia...

1 comentário:

deveza disse...

A magia começa! Todo aquele exotismo criado pelo jogo de luzes, que faz sobressair a extravagância; que o momento exige, é certo; bem patente no vestuário... Tudo criado de forma a fazer-nos acreditar no sonho, dando-nos asas, até, para que pudéssemos ultrapassar as barreiras do mundano, tão conservador e monótono que é. Quem vier a ler esta mensagem poderá pensar que estou a descrever um daqueles elixires que nos dá vida. Pois bem, então consegui o meu objectivo, pois quando abandonei o "Grand Châpiteau", vim com os meus votos renovados e com razões para acreditar que a vida deve ser vivida com alegria e magia. Aconselho vivamente.