segunda-feira, dezembro 06, 2004

Gatos e árvores de Natal

Ter um gato e uma árvore de Natal em coexistência numa casa é tarefa árdua. Começa logo no dia da montagem. O gato acha piada às caixas de cartão, tenta roubar os enfeites, afeiçoa-se às fitas brilhantes, enfia-se atrás do sofá para ajudar a ligar as luzes e depois recusa-se a sair. Com a árvore já de pé, é difícil persuadi-lo a não a derrubar, a não tentar tirar a estrela do topo, a não morder os pais-natal de lã. Atrás da árvore, por entre os ramos artificiais, parece-lhe o esconderijo ideal para encenar emboscadas numa selva imaginária. Os laços dos presentes estão mesmo a pedir para serem mordidos, puxados, arranhados. Os donos arranjam estratégias para prender a árvore ao chão, para proteger as decorações, para remover o gato do seu covil sem trazer todas as serpentinas enrodilhadas atrás. Optam pelas luzes de 9 volts para que se o bicho roer os fios não apanhe mais do que um susto. Fecham as portas de noite para evitar actividades não supervisionadas. Mas é uma batalha muito dura...

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