domingo, janeiro 30, 2005
sexta-feira, janeiro 28, 2005
Um livro e uma série
Um grande livro e uma grande série de televisão. Um olhar amargo e doce sobre a Inglaterra entre guerras. Uma história de amizade um tanto trágica, mas também é um retrato dos abismos de classe, de religião, de género. Evelyn Waugh é dos mais divertidos escritores deste período, mas há pouco humor nesta obra, a não ser as excentricidades de Sebastian. Ao breve verão de morangos e champanhe no campo sucede um longo outono nostálgico, de desencontros, incompreensões e separações nos cenários melancólicos de Londres, Veneza, um paquete transatlântico, o Norte de África. E a série contou com alguns dos melhores actores britânicos de várias gerações, do jovem Jeremy Irons ao Olivier em final de carreira. Inesquecível.
quinta-feira, janeiro 27, 2005
Os desafios agridoces de amar um gato
quarta-feira, janeiro 26, 2005
Recomendo
Fiel ao livro: à história, à moral, à caracterização das personagens. Visualmente deslumbrante. Ritmo enérgico. Boa escolha de cast. Que se lixem os críticos ignorantes com poleiro na imprensa.
segunda-feira, janeiro 24, 2005
Ontem como hoje
domingo, janeiro 23, 2005
Gosto deste filme
Porque é bonito: a história, os actores, as paisagens, os bichos, a música, as espadas, os castelos, as igrejas. Porque eu sou um dragão muito romântico...
sexta-feira, janeiro 21, 2005
Um país de analfabetos e de doutores
Depois há os outros, a também considerável mole de licenciados inempregáveis, com cursos exdrúxulos, obtidos em universidades de duvidosa qualidade, com notas baixíssimas. Com parcos conhecimentos e limitadas capacidades, o mercado de trabalho só encontra lugar para eles em posições não qualificadas ou nas empresas dos pais ou amigos dos pais.
É estranhíssima a antipatia social gerada pelos cursos técnicos. Teremos todos de ser doutores? Porque é que se oferecem licenciaturas em áreas tão notoriamente profissionalizantes e/ou técnicas como secretariado, conservação e restauro, radiologia? Porque é que os politécnicos insistem em assemelhar-se a universidades, a criar mestrados e doutoramentos? Porque é que o ensino secundário é tão parco em cursos técnicos? Porque é que a educação universitária parece ser tão inevitável, mesmo para quem concluiu com muito pouco sucesso os graus anteriores?
quarta-feira, janeiro 19, 2005
Um dos homens da minha vida
Estava no meu livro de história, algures no ensino secundário. Enamorei-me da fotografia e do que ela representava: uma vida consagrada às letras, à arte de escrever, aos minuciosos hieroglifos egípcios.
Mas foi ao vê-lo de perto que me apaixonei mesmo. Este pequeno homenzinho sentado no seu cubo de vidro, velho de milhares de anos, tem um brilho nos olhos, um meio sorriso, uma serenidade sábia que me derreteu o coração. Depois de restaurado tem ainda melhor aspecto, um tom de pele mais uniforme, um ar de quase vida. Apetece levá-lo para a casa, sentá-lo no sofá, dar-lhe uma caneta para que cumpra o seu destino. É um dos homens da minha vida.
terça-feira, janeiro 18, 2005
Do que eu havia de me lembrar hoje...
Que tem muito que contar!
Ouvide, agora, senhores,
Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija
Que a não puderam tragar.
Deitaram sorte à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
-- Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal.
"Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar".
-- Acima, acima gajeiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal
"Alvíçaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terra de Espanha,
Areias de Portugal.
Mais enxergo três meninas
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar".
--Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar.
"A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar".
-- Dar-te-ei tanto dinheiro,
Que o não possas contar.
"Não quero o vosso dinheiro,
pois vos custou a ganhar!
-- Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual.
"Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar".
--Dar-te-ei a nau Catrineta
Para nela navegar.
"Não quero a nau Catrineta
Que a não sei governar".
-- Que queres tu, meu gajeiro,
Que alvíçaras te hei-de dar? "
Capitão, quero a tua alma
Para comigo a levar".
-- Renego de ti, demônio,
Que me estavas a atentar!
A minha alma é só de Deus,
O corpo dou eu ao mar.
Tomou-o um anjo nos braços,
Não o deixou afogar.
Deu um estouro o demônio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a nau Catrineta
Estava em terra a varar.
segunda-feira, janeiro 17, 2005
Gosto deste quadro
Vermeer tinha o toque mágico para as cenas de interiores (mas a vista de Delft também é deslumbrante). Mas, pouco sensível às personagens e situações domésticas, é este (e o Geógrafo) o que mais me encanta. Tem todo o detalhe da luz, dos tecidos, dos gestos, dos objectos dos restantes quadros, com o adicional interesse da figura retratada: um astrónomo. É belíssimo e desconfio que vou encontrar lugar para ele na tese...
sábado, janeiro 15, 2005
Um livro, um filme, uma canção
Geralmente não gosto de adaptações de livros ao cinema. Nunca parecem ser suficientemente fiéis ao original. Mas este é uma excepção. Segue à letra a história, que é uma das mais belas e poderosas da literatura inglesa. Deu os rostos certos às personagens. Reproduz com fidelidade a atmosfera neo-gótica, ultra-romântica, tenebrosa do romance. Usa com mestria as desoladas paisagens dos moors do Yorkshire. Tem uma banda sonora outonal e assombrosa de Ryuichi Sakamoto.
Uma história de amor impossível, avassaladora, cheia de contradições, ódio e vingança, que perdura para além da morte e só alcança redenção nas gerações seguintes. Heathcliff e Cathy assombram ainda os amantes da literatura.
Há também uma canção famosa da Kate Bush, nomeada agora como uma das melhores canções britânicas de sempre.
sexta-feira, janeiro 14, 2005
Estoicismo face às contrariedades
Gently down the stream.
Merrily, merrily, merrily, merrily,
Life is but a dream.
Embora não partilhe as crenças que lhe subjazem, há uma oração sábia, que pede "paciência para as coisas que não posso mudar, coragem para as que posso e sabedoria para distinguir a diferença".
quarta-feira, janeiro 12, 2005
And now for something completely different
terça-feira, janeiro 11, 2005
Looking forward
sábado, janeiro 08, 2005
Gosto deste livro
quinta-feira, janeiro 06, 2005
Os homens da minha vida
quarta-feira, janeiro 05, 2005
Algo de bonito para variar
Queen - One woe doth tread upon another's heel,So fast they follow. Your sister's drown'd, Laertes.
Laer. -Drown'd! O, where?
Queen - There is a willow grows aslant a brook,
That shows his hoar leaves in the glassy stream.
There with fantastic garlands did she come
Of crow-flowers, nettles, daisies, and long purples
That liberal shepherds give a grosser name,
But our cold maids do dead men's fingers call them;
There, on the pendent boughs her coronet weeds
Clamb'ring to hang, an envious silver broke,
When down her weedy trophies and herself
Fell in the weeping brook. Her clothes spread wide,
And, mermaid-like, awhile they bore her up;
Which time she chanted snatches of old tunes,
As one incapable of her own distress,
Or like a creature native and indued
Unto that element. But long it could not be
Till that her garments, heavy with their drink,
Pull'd the poor wretch from her melodious lay
To muddy death.
Laer.- Alas, then, is she drown'd?
Queen. Drown'd, drown'd.