quarta-feira, janeiro 19, 2005

Um dos homens da minha vida



Estava no meu livro de história, algures no ensino secundário. Enamorei-me da fotografia e do que ela representava: uma vida consagrada às letras, à arte de escrever, aos minuciosos hieroglifos egípcios.
Mas foi ao vê-lo de perto que me apaixonei mesmo. Este pequeno homenzinho sentado no seu cubo de vidro, velho de milhares de anos, tem um brilho nos olhos, um meio sorriso, uma serenidade sábia que me derreteu o coração. Depois de restaurado tem ainda melhor aspecto, um tom de pele mais uniforme, um ar de quase vida. Apetece levá-lo para a casa, sentá-lo no sofá, dar-lhe uma caneta para que cumpra o seu destino. É um dos homens da minha vida.

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