quarta-feira, novembro 07, 2007

Contos da modernidade avançada

Era uma vez uma mulher cuja cupidez desmesurada só era igualada por uma estupidez a toda a prova. Uma das edições do Público desta semana trazia a história completa, que dava um bom argumento de filme/telenovela. A figura em causa, desprovida de quaisquer capitais à partida (nem dinheiro, nem inteligência, nem educação, nem família bem nascida, nem algum talento), à excepção de sex-appeal e uma total ausência de escrúpulos, fez de tudo para subir na escala social, arrastando com ela o filho. A ostentação de "sinais exteriores de riqueza" serviu de móbil para destruir casamentos, carreiras, relações e no final até uma vida humana. Para parecer rica (mais do que o ser) e aparecer nas revistas do piolhoso jet set português cilindrou tudo com que se cruzou na vida. Mas como é típico dos incrivelmente estúpidos, acabou por se destruir a si própria. Por encomendar a morte do marido, com requintes de maldavez, a um empregado, foi malhar com os ossos na cadeia, de onde não sairá tão cedo. É assim a modernidade avançada.

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