A exposição de Candida Hoffer sai de cena no CCB no final desta semana, pelo que há que aproveitar os próximos dias. São umas dezenas de fabulosas fotografias, de grande dimensão, de espaços públicos em Portugal: teatros, palácios, bibliotecas, salas de espectáculo, igrejas. Magníficas salas vazias, fotografadas num enquadramento perfeito, em cores vibrantes, com efeitos de luz sublimes, uma nitidez espantosa. Serve para perceber que há sítios belíssimos nesta terra. E que a fotografia pode ser uma forma de arte arrebatadora.
Em contraponto, a outra exposição de fotografia, Besphoto. Felizmente que os clientes Bes não pagam, porque se este dragão tivesse dado um tostão que fosse pelo bilhete ficava francamente aborrecido. São expostos os trabalhos de quatro fotógrafos e contam-se pelos dedos de uma mão as fotografias que merecem mais do que um olhar de relance, quando a maioria é francamente horrorosa ou desinteressante. Uma mulher alemã que se fotografa a si própria com um barrete de borracha na cabeça, um tipo português que se fotografa a si próprio à espera do comboio (já não deve haver dinheiro para modelos), um filme de propaganda nazi pintado de vermelho (porquê?porquê?porquê?). Escapa uma instalação com fotografias antigas numa parede de damasco, "A mulher que casou cinco vezes", e uma das fotografias de Therezienstadt. Tudo o resto...
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