E cá estão elas mais uma vez, a marcar o fim do verão, as Festas do Senhor dos Navegantes em Paço de Arcos. Uma vez por ano o subúrbio tranquilo transfigura-se para a buliçosa feira, com os carroseis para as crianças, o restaurante dos bombeiros, os espectáculos nocturnos, as barracas de trapos e quinquilharia, as rulotes de farturas, o quiosque dos gelados Wong. Há regatas, romagens à estátua do herói local, peddy-paper e claro, a peça central, as procissões que levam o cristo da capela para a igreja, da igreja para a beira-mar e de volta à capela, em dias consecutivos. Uma vez por ano o tranquilo povo de Paço de Arcos sai à rua em massa, enche as alamedas da feira, dá corpo à procissão, anda por aí à aproveitar as cálidas noites de Verão.
Mas este ano há algo de diferente. Para já, não houve foguetes a marcar o início da festa, nem as regatas, nem como era costume todos os dias às 9 da noite. Depois a fanfarra dos bombeiros não inaugurou a feira. Cortaram o pio à mulher dos cobertores: pode vender mas não usar a "gaita" para anunciar os produtos (e lá se foi um dos melhores espectáculos da feira). A procissão foi das menos concorridas, para o que um padre velho como Matusalem e ao que parece senil, muito deve ter contribuído. Agora já só falta o espectáculo piro-musical ser uma decepção.
Já não se fazem Festas como antigamente...
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